Corrente de JATO
de
Nível Superior
O jato é uma zona de ventos máximos. A geração de máximos de vento em altura,
depende diretamente do gradiente horizontal de temperatura (Holton, 1979). A presença do mesmo, é um sinal da existência de massas
de ar com uma fronteira que as separa. Em termos de apoio da aviação civil internacional, o Jato se define, em altura, como uma áre
a de onde as isotacas são maiores do que 70 nós (Kt.), e com um núcleo ou centro de onde os ventos são iguais ou maiores que
90 Kt, figura 1. Ainda que, tipicamente se avalia o Jato em 250-300 hPa, o máximo de vento, na realidade, pode variar entre os 100-500 hPa, com a
lguns Jatos
estratosféricos definidos em 70 hPa. A altura em que o jato se identifica dependerá de quanto fria esteja a massa de ar; quanto mais fria,
mais baixo estará se manifestando o Jato.
Figura 1
Na Aviation Weather Center/Transition Aviation Program, no Centro de Pronósticos Mundias em Washington D.C., se estabeleceu um crité
rio para avaliar a posição do Jato na carta
de 250 hPa utilizando um valor médio do nível geopotencial.
Jato Subtropical |
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acima de 10,440 mgp (tipicamente 10680mgp.).
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Rama Norte do Jato Polar |
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entre 10,200 e 10,440 mgp. |
Rama Sul do Jato Polar |
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abaixo de 10,200 mgp (tipicamente entre 10080 e 9960mgp.). |
Quanto os Jatos estão paralelos e se combinam em um máximo amplo, na análise se deve
manter uma separação de, pelo menos, cinco graus de latitude.
No entanto, o Dr. Nielsen, na Texas A&M University, estabeleceu um critério usando uma escala de temperatura para distinguir os m&aacu
te;ximos de vento. Fazendo um corte transversal no
Jato, a temperatura potencial média associada as massas polares é de 320°K e a do Jato Subtropical 340°K. No Escritório S
ulamericano tem-se observado que a rama polar se pode
subdividir ainda mais. Tipicamente, a rama polar norte se caracteriza por temperaturas de 330°K, enquanto que a rama polar sul é mais t&iacu
te;pica dos 320°K ou menos dependendo da estação do ano.
O Dr. James Moore, St. Louis University, criou um modelo ideal para a corrente de jato de nível superior. Em seu modelo, o Dr. Moore pôde
identificar áreas características de
divergência e convergência com relação a entrada e saída do Jato, e a circulação vertical
ageostrófica resultante. Isto foi utilizando um Jato de trajetoria zonal/latitudinal. Este conceito se pode adaptar ao Hemisfério Sul, co
mo se vê na figura 2. Em um Jato orientado de Oeste a Este, na entrada Norte/esquerda há uma área de divergência, enquanto que
na entrada Sul/direita
há uma zona de convergência. O oposto, se cumpre na saída do Jato, com uma área de convergência na saída Norte/e
squerda e uma região de divergência na saída Sul/direita do Jato.
Figura 2
A avalição destas áreas de convergência e divergência na entrada e saída do Jato sinaliza
regiões de ascenção e subsidência de ar. As próximas figuras ajudarão a visualizar este conceito.
A figura 3 representa um plano vertical ao longo da linha A-A', na qual cobre a entrada, da esquerda para direita, de nosso Jato ideal. Neste corte vem
os o Jato entrando na página, com o Norte (ar quente) a esquerda e ao sul (ar frio) a direita da página. No lado norte, nos níveis
superiores, vemos a área de divergência, que se encontra sobreposta a uma área de convergência
nos níveis baixos. Isto favorece o levantamento vertical profundo, e teoricamente o levantamento de ar quente. No lado sul do jato se aprecia um
a área de convergência em níveis superiores, com divergência em superficie. Aqui, convergência das parcelas de ar em alt
ura são bloqueadas pela Tropopausa e forçadas a descer, ao chegar a superfície as parcelas se dividem; efetivamente o ar
frio esta descendo. Este processo onde o ar frio desce e o ar quente ascende se chama de
Circulação Ageostrófica Direta.
Figura 3
A figura 4 representa uma secção tranversal ao longo da linha B-B', a qual cobre a saída, da esquerda para a direita, de nosso Ja
to ideal. No corte vemos o Jato entrando na página, com o Norte (ar quente) e esquerda ao Sul (ar frio) a direita da página. No lado Nort
e, nos níveis superiores, vemos uma zona de convergência, a que está sobreposta a uma região de divergência em ní
veis baixos. Aqui, ao convergir as parcelas de ar, em altura, são forçadas a
descer/subsidência e ao chegar a superfície as parcelas se dividem; efectivamente o ar quente está descendo. No lado Sul do jato a
precia-se uma área de divergência em níveis superiores, com uma área de convergência na superficie. O ar frio est&aacu
te; ascendendo no lado sul do Jato. Este processo, onde o ar frio ascende e a ar quente desce, se chama
Circulação Ageostrófica Indireta.
Figura 4
Em um máximo de vento, a tendêcia é que a magnitude do mesmo diminua em ambos os lados (frio e quente), sendo que, esta dimin
ução é mais drastica e proninciada para o lado frio do máximo, devido ao gradiente horizontal de temperatura que é mai
s forte neste setor. A figura 5 representa um máximo de vento de 90 nós, com a intensidade do mesmo diminuindo para 70 nós em ambo
s lados do máximo. Ao diminuir o máximo de vento, se produz uma cortante de intensidade do vento, gerando redemoinhos ou vórtices,
localizados e direcionados para zonas de diminuição de intensidade, afastando-se do máximo.
Figura 5
Tipicamente, ao norte do máximo se produzirá uma cortante anticiclônica do vento, a qual se define como positiva no Hemisfé
rio Sul. Contrariamente, ao Sul da máxima se produz uma cortante ciclônica, definida como negativa para o Hemisfério Sul.
Referências:
Holton, J.R., (1979) An Introduction to Dynamic Meteorology, 2nd Edition, pp 391.
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