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Organização internacional apoia 9 mil camponeses Agricultores do Bengo, Huíla, Benguela e Kwanza-Sul receberam ajuda de USD 5 milhões em 4 anos

Jornal de Angola

Durante os últimos quatro anos, nove mil camponeses das províncias do Bengo, Huíla, Benguela e Kwanza-Sul beneficiaram de sementes e instrumentos agrícolas, num projecto da Organização Internacional da Liga das Cooperativas dos Estados Unidos da América (CLUSA), avaliado em cinco milhões de dólares.

Em declarações prestadas ontem à Angop, o representante da CLUSA em Angola, Estevão Rodrigues, disse que para a efectivação do projecto, cuja conclusão está prevista para este ano, a organização contou com o financiamento da Agência americana USAID, através do programa do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e da empresa petrolífera BP.

A actividade agrícola da CLUSA contou igualmente com o apoio da empresa holandesa (NOVIB) e o co-financiamento da União Europeia, no âmbito do seu Programa de Micro-realizações fase III.

A actividade da CLUSA, explicou, resultou na criação de 500 grupos solitários, entre os quais uma cooperativa, e cingiu-se essencialmente na produção de batata rena, cebola, cenoura e repolho, bem como de milho, feijão e amendoim, numa área cultivada de cerca de 180 mil hectares de terra.

Estevão Rodrigues referiu que as zonas contempladas foram: Mabuia, Dungo e Boa Esperança (Bengo), Humpata, Chibia, Caconda e Caluquembe (Huíla), Gabela (Kwanza-Sul), assim como Bocoio e Balombo (Benguela).

"O programa foi cumprido em quatro fases", frisou, acrescentando que a primeira e segunda fases serviram, respectivamente, para a identificação de áreas de intervenção (onde trabalhar e apoiar) e produção e formação de quadros.

Na terceira fase, o programa esteve direccionado para a sensibilização junto dos camponeses e seus parceiros, enquanto a última definiu-se na concessão de créditos.

"O ponto mais alto do programa foi ter conseguido que os bancos fossem às áreas rurais assinar contratos de concessão de crédito junto dos camponeses, promovendo uma maior aproximação entre ambos", notou.

Entre outras dificuldades encontradas ao longo destes quatro anos de actividade, Estevão Rodrigues começou por apontar o mau estado das vias de acesso às áreas rurais, que inviabiliza a chegada dos fertilizantes e meios agrícolas e o escoamento dos produtos para as zonas urbanas.

A falta de condições de conservação dos produtos, principalmente após a época da colheita, e a ausência de infra-estruturas físicas foram outras dificuldades apontadas pela fonte.

A partir do próximo ano, adiantou Estevão Rodrigues, a CLUSA vai apostar no apoio ao desenvolvimento empresarial e na constituição de cooperativas e capacitação de agentes individuais.

"Vamos mudar de estratégia de desenvolvendo das pequenas e médias empresas rurais", sublinhou o responsável, acrescentando que, nesta nova fase, a CLUSA pretende envolver também o sector privado, estabelecendo parcerias com firmas distribuidoras de meios agrícolas.