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A Ascensão das Partes Interessadas

Vasanthakumar N. Bhat

The Greening of U.S. Corporations

ÍNDICE
Sobre esta edição
Empresas Americanas Adotam Tecnologia Verde
Executivos de Empresas Falam Sobre a Mudança para o Verde
A Ascensão das Partes Interessadas
ONGs e Empresas – Objetivos Comuns e Confiança Mútua
Consumidores Querem o Verde
Galeria de Fotos: Edifícios Verdes
Negócios, Investidores e Meio Ambiente
Sustentabilidade dentro da Cadeia de Fornecimento
Ponto/Contraponto: Qual o Papel do Governo?
Bibliografia
Recursos na Internet
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This General Motors HydroGen3 minivan, shown outside the state capitol building in Lansing, Michigan, has a top speed of 160 kilometers per hour.  It is powered by a hydrogen fuel cell and emits only pure water. Uma minivan HydroGen3 da GM, com velocidade máxima de 160 kph, é movida por uma célula combustível de hidrogênio e emite apenas água (Al Goldis/© AP Images)

Nos últimos anos, as empresas americanas reduziram suas emissões de poluentes no meio ambiente e — em resposta à s pressões do governo, dos investidores, de grupos ambientalistas, de clientes e funcionários — estão desenvolvendo estratégias de prevenção à poluição do início ao fim do processo de produção. Cada vez mais, os líderes empresariais percebem que administrar questões ambientais de forma eficiente pode ser uma fonte significativa de vantagens competitivas e crescimento sustentável.

Vasanthakumar N. Bhat é professor associado da Escola de Administração Lubin da Universidade Pace, em Nova York. É autor de The Green Corporation: The Next Competitive Advantage [A Empresa Verde: A Próxima Vantagem Competitiva] e de Total Quality Environmental Management: An ISO 14000 Approach [Gestão Ambiental de Qualidade Total: Uma Abordagem da ISO 14000], bem como de diversos artigos sobre gestão ambiental.

Por que as empresas americanas escolhem "tornar-se verdes" — isto é, instituir um conjunto de políticas empresariais que favoreçam preocupações com o meio ambiente? Este é um assunto complexo que requer alguma compreensão sobre o surgimento do movimento ambientalista nos Estados Unidos, o extenso debate entre os defensores das abordagens reguladoras e os da adesão voluntária e a atual influência de partes interessadas como clientes, investidores, funcionários, grupos ambientalistas e funcionários do governo. O resultado é que a maior parte das empresas americanas hoje acredita poder criar uma fonte significativa de vantagens competitivas e crescimento sustentável por meio de uma gestão ambiental eficiente. Tornar-se "verde", em resumo, passou a ser visto como um bom negócio.

O DEBATE EM TORNO DAS POLÍTICAS AMBIENTAIS

These 24 solar panels provide enough electricity to completely power the house in the background, including air conditioning, heat, lights, and computers. Such sources of energy are helping pave the way for dealing with the limits of a carbon-constrained world. Estes 24 painéis solares fornecem eletricidade suficiente para abastecer completamente a casa ao fundo, inclusive com ar-condicionado, aquecimento, luzes e computadores. Essas fontes de energia estão ajudando a sedimentar o caminho para lidar com os limites impostos por um mundo com restrições à emissão de carbono (Eric Zamora, IFAS/Universidade da Flórida/© AP Images)

Tradicionalmente, da perspectiva dos formuladores de políticas, o meio ambiente representa o que os economistas denominam um "bem público" — um benefício compartilhado como a defesa nacional, do qual nenhum membro da sociedade pode ser excluído. Como não é comum que os sistemas de mercado produzam bens públicos, muitos membros do movimento ambientalista americano acreditaram que a intervenção governamental fosse necessária para incentivar as empresas a minimizar os impactos de suas atividades sobre o meio ambiente. Nos últimos anos, muitos passaram a acreditar que as abordagens baseadas no mercado, com incentivo ao investimento e à inovação tecnológica, têm grandes chances de acabar acumulando mais benefícios ambientais. O debate a respeito dos méritos dessas duas abordagens vem acontecendo desde a fundação da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA), em 1970, até os dias de hoje.

Quando o movimento ambientalista teve início nos Estados Unidos, nas décadas de 1960 e 1970, dirigiu seu foco para a conformidade com as leis e as regulamentações. Conseqüentemente, a base tradicional da política ambiental americana foram as regulamentações de "comando e controle". Essas regulamentações têm como objetivo evitar problemas ambientais especificando a forma como as empresas lidarão com a poluição que produzem. São implementadas por meio de fiscalização, conformidade e incentivos financeiros. Como as regulamentações são obrigatórias, os regimes de comando e controle têm sido muito eficazes. Eles também aumentaram a conscientização das empresas a respeito dos impactos de suas atividades sobre o meio ambiente.

Entretanto, essas regulamentações tiveram custos. Um resultado negativo foi o incentivo a soluções de tratamento de resíduos no "final da linha" de produção, que reduzem os poluentes após terem sido produzidos, ao invés de já começar por eliminá-los. Ademais, a abordagem reguladora causou muitos litígios.

Nos últimos anos, os formuladores de políticas americanos vêm dando cada vez mais ênfase à análise econômica para decidir o tipo de instrumento de política a ser escolhido. Instrumentos flexíveis permitem à s empresas escolher as alternativas mais eficazes para atingir os objetivos das políticas. Eles têm sido usados para reduzir os custos da conformidade e alcançar maior desempenho em ritmo mais acelerado. As medidas com base no mercado, como o comércio de emissões — sistema pelo qual o governo determina um limite total para um dado poluente e então permite que as forças do mercado determinem a forma como cada empresa cumprirá sua cota do limite — foram introduzidas nos Estados Unidos para as emissões de dióxidos de enxofre e óxidos nitrosos, a poluição causadora da chuva ácida. Entretanto, essas medidas ainda se baseiam em um único meio — ar, água, água subterrânea ou terra.

Mais do que qualquer outro país, os Estados Unidos valem-se da análise econômica para ajustar as políticas ambientais, tendo utilizado esse tipo de análise para exigir a redução das emissões de várias fontes de poluição, inclusive usinas elétricas e motores a diesel. Os Estados Unidos subsidiam alguns aspectos da minimização de resíduos, embora, em geral, a regra seja o princípio segundo o qual o responsável pela poluição arca com seus custos — assim, a indústria arca com os custos da proteção ao meio ambiente.

NOVAS ESTRATÉGIAS

Desde quando se iniciaram as preocupações com o meio ambiente, as empresas americanas buscaram a conformidade por meio da redução da poluição no final do processo de produção, eliminando os resíduos produzidos. Conforme a eliminação dos resíduos tornou-se mais cara, as empresas começaram a trabalhar no sentido de prevenir a poluição — usando materiais, processos e equipamentos que eliminassem a produção de resíduos.

Entretanto, a prevenção da poluição em si não melhorou o desempenho financeiro. A abordagem da gestão ambiental de qualidade total (TQEM) foi necessária para aproveitar os benefícios financeiros do melhor desempenho ambiental. Como parte da abordagem TQEM, as empresas implementaram o sistema de gestão ambiental (EMS), que fornece uma estrutura para gerir os impactos ambientais e incorporar preocupações com o meio ambiente ao processo de tomada de decisões em toda a organização.

Segundo pesquisa recente, mais de uma em cada cinco empresas implementou o EMS. Além disso, 5.585 empresas receberam certificados ISO 14000 que atestam sua conformidade com as boas práticas de gestão identificadas pela Organização Internacional de Padronização (ISO). Algumas empresas usam toda uma gama de ferramentas ambientais, inclusive auditoria ambiental e análise de ciclo de vida. Ao transferir seus conhecimentos especializados sobre o meio ambiente para suas filiais no exterior e exportar tecnologias benéficas para o meio ambiente, as empresas também reduzem os impactos globais da poluição.

Em 2004, os Estados Unidos consumiram um total de energia equivalente a cerca de 17 bilhões de barris de petróleo, ou 60 barris per capita. Nesse mesmo ano, cerca de 86% da energia da nação foi proveniente do petróleo, carvão e gás natural. E apenas 14% veio de energia nuclear e renovável. A elevação dos preços do petróleo e a dependência de fontes externas para suprir quase 65% do petróleo bruto intensificaram a necessidade de conservação, eficiência e novas fontes de energia. Ademais, a queima de combustível fóssil gera dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa. Assim sendo, é imperativo que as empresas americanas se preparem para atuar em um mundo com restrições à emissão de carbono.

Atualmente, os Estados Unidos produzem mais de 50% de sua eletricidade em usinas elétricas a carvão e contam com um suprimento de carvão abundante. A American Electric Power está em busca de métodos inovadores para queima limpa de carvão e captura de dióxido de carbono. Isso ajudará a indústria a aumentar a produção de energia com menores danos ao meio ambiente. A Florida Power and Light reduziu a necessidade de 10 novas usinas elétricas ao aumentar a eficiência energética e investir em 42 usinas eólicas. A General Motors está trabalhando no desenvolvimento de carros movidos a hidrogênio que não produzem dióxido de carbono. Já a IBM está trabalhando na construção de usinas que conservem energia, na redução das emissões de perfluorocarbono (PFC), no uso de energia renovável, no incentivo aos funcionários para que realizarem rodízio para ir e voltar do trabalho e na melhoria da eficiência da cadeia de fornecimento da empresa.

A INFLUÊNCIA DAS PARTES INTERESSADAS

IBM Vice President Lisa Su shows a Cell microprocessor wafer. A 2007 National Medal of Technology winner, IBM is one of the corporations working to reduce its environmental footprint. Lisa Su, vice-presidente da IBM, exibe um wafer de microprocessadores da Cell. Vencedora da Medalha Nacional de Tecnologia de 2007, a IBM é uma das empresas que trabalha para reduzir sua pegada ambiental (© Market Wire)

O empenho das empresas na construção de uma relação harmoniosa com suas partes interessadas é o que há de mais importante na motivação empresarial moderna. Formuladores de políticas governamentais, clientes, grupos ambientalistas, investidores e funcionários constituem as principais partes interessadas e exercem pressão sobre a definição da estratégia ambiental das empresas. Para alcançar esses grupos, as empresas realizam divulgações e consultas públicas sobre suas atividades e seu impacto sobre o meio ambiente.

Governo: a regulamentação governamental é importante força motriz da política ambiental. O crescimento exponencial de leis ambientais obriga as empresas a se anteciparem e a fazerem investimentos para cumprir as novas exigências, mesmo antes de as leis serem aprovadas. A maioria das grandes empresas tem lobistas em Washington e funcionários com acesso à formulação de políticas de alto nível a fim de evitar que o Congresso americanoaprove regulamentações rigorosas ou que os órgãos ambientais as apliquem com rigor. Estudos revelam que as empresas que consideram as regulamentações ambientais severas tendem a apresentar desempenho ambiental mais alto. Ademais, é provável que essas empresas optem pela prevenção da poluição, ao invés de adotar soluções de tratamento de resíduos no fim da linha de produção, e pelo investimento em pesquisa e desenvolvimento ambiental.

Mas como os programas flexíveis tendem a produzir melhores resultados ambientais, a EPA também criou alguns programas como o p2 [http://www.epa.gov/p2/] e programas de parceria [http://www.epa.gov/p2/pubs/partnerships.htm]. Esses programas incentivam as empresas a voluntariamente superar o cumprimento mínimo das regulamentações em troca da obtenção de custos reduzidos e do reconhecimento público como líderes ambientais pela EPA.

Clientes: os clientes, na condição tanto de eleitores quanto de compradores de produtos e serviços, exercem impacto significativo sobre a política ambiental. Segundo pesquisa realizada em março de 2007 pelo USA Today/Gallup mais de 8 entre 10 americanos consideram que o histórico ambiental das empresas deveria ser um fator importante para decidir se comprariam ou não seus produtos. Compradores corporativos, como a IBM e a Baxter International, bem como organizações governamentais, utilizam o desempenho ambiental dos produtos para tomar suas decisões de compras.

Grupos ambientalistas: mais de um em cada cinco americanos considera-se um participante ativo do movimento ambientalista. As organizações ambientalistas estão utilizando seu poder político para desenvolver regulamentações severas e aumentar a extensão das áreas regulamentadas. Além do lobby, essas organizações podem ter outras atitudes que incentivem as empresas a tornarem-se "verdes".

Muitas das leis ambientais americanas incluem uma cláusula de "ação judicial pelo cidadão" que permite a um cidadão processar uma empresa por violar uma lei ou a Agência de Proteção Ambiental por não cumprir com suas obrigações como estabelecidas pelas leis ambientais. Qualquer cidadão pode dirigir-se ao tribunal federal para impedir que uma empresa viole leis federais ou termos de permissão relevantes e obrigar a empresa a cumprir essas leis. A ação judicial por parte do cidadão aumentou significativamente o poder político das organizações verdes e atraiu muitos outros membros devido à capacidade dessas organizações de obter resultados.

Procter & Gamble, headquartered in Cincinnati, Ohio, defines sustainability as A Procter & Gamble, com sede em Cincinnati, Ohio, define sustentabilidade como a "garantia de uma qualidade de vida melhor para todos, hoje e para as gerações futuras" (Al Behrman/© AP Images)

Investidores: um mau desempenho ambiental pode levar ao aumento dos custos, pois as empresas que produzem grandes quantidades de resíduos tendem a ter um número maior de locais para derramamento e despejo de resíduos perigosos, além de sérios problemas de conformidade. Os investidores podem exigir das empresas que prestem contas de seu desempenho ambiental dirigindo-se diretamente à diretoria das empresas, apresentando resoluções dos acionistas e votando contra a diretoria. Se ainda assim não ficarem satisfeitos, podem desistir do investimento vendendo suas ações.

Diversas organizações desenvolveram diretrizes ambientais a serem seguidas pelas empresas. Exemplos dessas diretrizes são os Princípios Ceres [http://www.ceres.org], os Princípios Equador [www.equator-principles.com] para financiamento de projetos e Meio Ambiente e Diretrizes da OCDE para Empresas Multinacionais.[http://www.oecd.org/dataoecd /12/1/34992954.pdf]

Além disso, grandes investidores institucionais, como os fundos de pensão, estão unindo forças para avaliar o desempenho ambiental das empresas antes de fazerem seus investimentos. Por exemplo, segundo pesquisa realizada pelos Princípios para Investimento Responsável [http://www.unpri.org], 88% de seus signatários e 82% de quem possui ativos de empresas levam em conta questões relacionadas com o meio ambiente antes de tomarem uma decisão a respeito de um investimento.

Nos últimos anos, os acionistas foram bem-sucedidos em convencer os grandes bancos a considerar os riscos ambientais dos projetos cujo financiamento avaliam, persuadir os fabricantes de computadores a aumentar o número de computadores reciclados e incentivar as empresas de serviços públicos a investir em energia renovável.

Funcionários: os funcionários arcam com a maior parte do impacto resultante de práticas ambientais inadequadas. Atrair funcionários para trabalhar em ambientes insalubres é dispendioso, e os funcionários e seus sindicatos freqüentemente pressionam as empresas para que reduzam a poluição. Quando os funcionários são ignorados, eles geralmente respondem mudando de emprego ou mobilizando apoio da opinião pública pondo a "boca no trombone". Os custos também podem aumentar devido à rotatividade dos funcionários. As empresas respondem oferecendo aos funcionários treinamento em saúde ambiental e segurança e sistemas de gestão ambiental.

RUMO À SUSTENTABILIDADE

Embora a economia americana tenha crescido significativamente nas últimas décadas, o desempenho ambiental é contraditório, conforme indica o Relatório sobre o Meio Ambiente 2007: Destaques das Tendências Nacionais, da Agência de Proteção Ambiental dos EUA.

Uma área que melhorou foi a liberação de substâncias tóxicas. Segundo o Inventário de Emissão de Substâncias Tóxicas (TRI) 2005: Divulgação Pública de Dados, também divulgado pela EPA, as empresas americanas despejaram 1,96 bilhão de quilogramas de cerca de 650 substâncias tóxicas em 2005. Dois setores, de mineração de metais e das empresas de eletricidade, foram responsáveis por mais de metade dessas emissões. O total de emissões químicas em 2005 por parte das unidades industriais diminuiu 58% em relação a 1988, embora o número de unidades industriais tenha sido reduzido apenas em 16% e o valor real das remessas de resíduos tenha aumentado em cerca de 13%. Além disso, quase metade dos resíduos relacionados com produção foram reciclados ou convertidos em energia em 2005.

These wind turbines are located on the Oregon-Washington border and are part of the Stateline Wind Project that produces enough power to light 70,000 homes. The turbines belong to Florida Power and Light (FPL), a leading clean-energy provider that operates natural gas, wind, solar, hydroelectric, and nuclear power plants in 25 states. As turbinas eólicas fazem parte do Projeto Eólico Stateline, que produz energia elétrica suficiente para abastecer 70 mil casas (© AP Images)

Outros sinais de melhoria: os fabricantes americanos gastaram US$ 14,6 bilhões com capital de redução da poluição e despesas operacionais em 1999, o que representa 0,4% do valor das remessas de resíduos e cerca de 10% das novas despesas de capital. As empresas americanas estão começando a considerar as tecnologias verdes como fonte de lucros, tendo exportado mais de US$ 30,4 bilhões em tecnologias ambientais em 2006.

Durante séculos, a degradação ambiental caminhou lado a lado com a industrialização. Como resultado, os formuladores de políticas empresariais chegaram à conclusão de que as questões ambientais são parte integrante do bem-estar econômico de uma empresa. Muitos executivos de empresas sentem agora que a proteção ambiental é essencial ao desenvolvimento sustentável e à criação de um mundo melhor. A sustentabilidade — garantir melhor qualidade de vida para todos, hoje e para as gerações futuras, conforme definido pela gigante Procter & Gamble – tem sido vista tanto como responsabilidade quanto como oportunidade de negócio na maior parte dos conselhos empresariais dos Estados Unidos.

Embora as empresas tenham se concentrado no tratamento e na prevenção da poluição nas últimas décadas, sua atenção transferiu-se para as emissões de dióxido de carbono e energia alternativa, tendência que provavelmente continuará no futuro. O aumento do preço do petróleo bruto e a dependência de um percentual significativamente alto de petróleo bruto importado estão acelerando a necessidade de soluções mais rápidas para esses problemas.

The Greening of U.S. Corporations

As opiniões expressas neste artigo não refletem necessariamente a posição nem as políticas do governo dos EUA.


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